Desde o Renascimento até os laboratórios atuais, a arte sempre buscou compreender o que desperta emoção no ser humano. Hoje a neurociência chama isso de neuroestética: o estudo de como o cérebro responde à beleza, às cores e às formas. Mas essa jornada começou muito antes.
Leonardo da Vinci, no Renascimento, estudava o olho humano e dizia: “A pintura é uma poesia que se vê.” Para ele, enxergar era também sentir.
No século XIX, Cézanne descobriu na cor um espaço de encontro entre mente e mundo: “A cor é o lugar onde nosso cérebro e o universo se encontram.”
Já no início do século XX, Kandinsky deu voz à emoção das cores: “A cor é um poder que influencia diretamente a alma.” E Picasso, sempre provocador, lembrava: “A arte sacode da alma a poeira do cotidiano.”
Hoje, a neurociência confirma o que todos eles pressentiam: formas, ritmos e cores não apenas encantam — eles transformam nosso cérebro.
Na atualidade, neurocientistas como Semir Zeki investigam em laboratórios o que artistas intuíram durante séculos: a arte ativa áreas cerebrais ligadas ao prazer, à memória e à emoção. Descobrem que contrastes, ritmos e simetrias estimulam conexões neurais.
Afinal, arte é mais do que estética: é experiência viva que nos atravessa, por dentro e por fora.
Crédito Colunista: Eliane Schuchmann



