Entre versos e violões, Vinícius de Moraes bordou o amor em todos os seus tons — do arrebatamento à despedida, da doçura à saudade. Diplomata por destino, poeta por essência, fez da vida um samba e da poesia, um espelho da alma.
Nos acordes suaves da bossa nova, foi criador e parceiro com Tom Jobim, Toquinho e Baden Powell, transformando sentimento em melodia, palavra em canção. Carioca de alma livre, viveu com intensidade cada amor, cada encontro, cada adeus.
Herdou do simbolismo e do parnasianismo o gosto pela forma perfeita, pela música das palavras.
Mas sua alma era de rua, de violão, de bar à beira-mar. Soube unir o sagrado e o profano, o sublime e o simples.
Vinícius não apenas escreveu — ele viveu em poesia. E nos deixou o ensinamento mais simples e profundo:
“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.”
@elianeschuchmann
Por Eliane Schuchmann – Colunista



